sábado, 17 de abril de 2010

Heretics

- Existe uma relação entre a tolerância e a liberdade religiosa. A "tolerância" está sendo ligada à fuga dos assuntos polêmicos, principalmente a religião. Neste sentido, a "tolerância" leva a um paradoxo, uma incompatibilidade com a liberdade. O homem "tolerante" está pronto para discutir o tempo, mas passa longe da religião como se esta fosse um assunto sem importância.

- É absurda a crença de que a filosofia e a religião de um homem não importam. Não se pode fugir de nossas crenças mais profundas, nossa visão do mundo, pois esta influi em tudo que pensamos ou expressamos. Religião nunca é irrelevante.

- É uma defesa das antigas verdades diante do ataque dos heréticos modernos. Chesterton só entendeu o cristianismo quando teve que defendê-lo dos anti-cristãos.

- Heresia é pegar uma meia-verdade que é exagerada a ponto de comprometer a verdade completa. Isto acontece, por exemplo, quando se coloca a ciência e progresso em plano elevado em relação a fé, tradição e ideais permamentes.

- É uma crítica a diversos autores da época que professavam em suas obras heresias no sentido entendido por Chesterton, tais como relativismo moral e artístico, egoísmo e culto do sucesso, ceticismo, morbidez, etc. É a parte negativa enquanto Ortodoxia é a parte positiva de suas idéias.

- Os heréticos jogam uma sombra sobre a verdade e o simples fato de ter que defender a verdade mostra que ela não é mais óbvia pois foi escondida por mentiras. A primeira mentira é que a verdade não importa.

- Cristo escolheu para edificar sua obra não um brilhante como Paulo ou um místico como João. Escolheu um homem esnobe e covarde, Pedro. Escolheu um homem. Todos os impérios pereceram por uma fraqueza intrínseca de terem sido fundados por grandes homens e entre grandes homens. O cristianismo histórico foi fundado por um homem fraco e justamente por isso é indestrutível. Nenhuma corrente é mais forte que seu elo mais fraco.

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