quinta-feira, 6 de maio de 2010

Orientalism

Edward Said, 1978

Orientalism foi um livro influente sobre os estudos pós-coloniais. O termo refere-se a um conjunto de falsas acepções que orientam as atitudes dos ocidentais em relação ao Oriente Média. Há uma sutil e persistente preconceito euro-centrico em relação os árabes-islâmicos e sua cultura. Ele argumenta que uma longa tradição de imagens romanceadas e falsas da Ásia e Oriente Médio na cultura ocidental serviu como uma justificativa implícita para as ambições coloniais e imperialistas dos europeus e americanos. Ele critica também as elites árabes que internalizaram as idéias orientalistas na cultura Árabe.

Os Estados Unidos vêem os muçulmanos e árabes apenas como fornecedores de petróleo e terroristas potenciais. Pouco se entendeu da densidade humana, da paixão da vida árabe-muçulmana, inclusive por aqueles que deveriam descrever a cultura. O resultado é uma caricaturarização do mundo islãmico.

Orientalismo é uma doutrina política voltada para o Oriente porque o Oriente é mais fraco do que o Ocidente, relacionando esta diferença com sua fraqueza. Como aparato cultural é agressão, ativismo, julgamento, mentira e conhecimento. A principal tese é que não se trada de uma má compreensão, mas um representação deliberada, de acordo com uma tendência, em uma específica conjetura histórica, intelectual e econômica.

O trabalho é fortemente influenciado por Chomsky, Foucalt e Gramsci e Said argumenta que o trabalho reflete a realidade contemporânea e suas implicações políticas. É classificado como um trabalho pós-modernista e pós-colonial que assume uma atitude cética sobre a representação.

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